As empresas enfrentam ambientes externos cada vez mais turbulentos, complexos e globalizados – condições que cada vez mais dificultam a sua interpretação. É um processo que deve ser conduzido de forma contínua e para aqueles que a realizam devem ter a compreensão de sua complexidade e de seu significado para a companhia.[1]
O estudo dos processos e das atividades de marketing, relacionadas às instituições ou empresas são resultados de uma perspectiva ampla, incluindo aspectos culturais, políticos legais, sociais, demográficos, religiosos, tecnológico bem como as interações econômicas. Esta investigação caracteriza as análises do macroambiente de marketing em um contexto maior da própria empresa.
Tendências amplas no contexto em que uma empresa opera e que podem ter impacto nas suas escolhas estratégicas é o que caracteriza o ambiente geral ou macroambiente de marketing de um segmento estudado.[2] A observação contínua das tendências e necessidades de mercados é fundamental para os profissionais de marketing.Éum processo de verificação e administração macroambiental para a identificação e análises de tendências e de necessidades, procurando enxergar oportunidades e ameaças do negócio. Pessoas e empresas empreendedoras conseguem criar soluções para necessidades não atendidas.[3] A ordenação destas atividades de forma prática é realizada por um prognóstico da situação e as tomadas de decisões sobre as variáveis externas sociais, culturais, concorrência, leis e legislação, econômicas, tecnológicas, políticas e meio ambiente, podem formar algumas hipóteses estratégias sobre as influências do ambiente externo do marketing.
O ambiente competitivo num mercado global, como é caracterizado o agronegócio, torna a administração ambiental cada vez mais complexa, pois cada um de seus elementos de análise pode mudar de país para país ou de região para região. Em muitos casos podem se caracterizar por mudanças de um antagonismo extremo. Por ser uma análise de muitas variáveis, ocorrendo indistintamente, é importante que estes prognósticos sejam realizados constantemente. Até mesmo pequenas mudanças ambientais podem alterar os resultados de marketing de uma empresa se não considerarmos o ambiente externo, interno e o ambiente do cliente simultaneamente. Neste capítulo iremos analisar o ambiente externo. A figura abaixo mostra as interligações entre o ambiente interno, o ambiente do cliente e o ambiente externo como sendo os diferentes elementos do composto de marketing e a forma como se organizam dentro de uma estrutura ambiental do agronegócio.
A análise macro ambiental para o Agronegócio é ampliada pela sua complexidade de produtos e serviços possíveis de serem ofertados para o atendimento da demanda mundial por alimentos.
Tão importante quanto os fatores macro ambientais discutidos, é necessário destaque para consumo e necessidade de alimentos para o planeta, questões de sustentabilidade numa visão mais ampla discutida como meio ambiente e clima, moléculas de defesa vegetal mais eficazes e com custos menores, nutrientes para o solo que cheguem em seus destinos com mais eficiência, pesquisa e desenvolvimento de novas variedades de cultivos – mais resistentes e mais produtivas numa visão mais ampla das análises de tecnologia, barreiras fitosanitárias e tarifárias. Além desta amplitude do agronegócio há que cuidar também dos comportamentos ideológicos de governos, associações e órgãos regulatórios. Compreender este ambiente global é tarefa primordial da gestão de marketing para o desenvolvimento de mercados no agronegócio.
[1] A. Hitt, Michael. Administração Estratégica: competitividade e globalização / Michael A. Hitt, R. Dane Ireland, Robert E. Hoskisson; tradução de José Carlos Barbosa dos Santos e Luiz Antonio Pedroso Rafael. São Paulo: Pioneira Thomson Learnoing, 2002. Pág 52.
[2] Barney, Jay B. Administração Estratégica e Vantagem Competitiva / Jay B. Barney, William S. Hesterly; tradução Mônica Rosemberg. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. Pág 28 a 32.
[3] Kotler, Phillip; Keller, Kevin Lane. Administração de Marketing 12 ed; tradução de Mônica Rosemberg, Clãudia Freire e Brasil Ramos Fernandes. São Paulo: Person Prentice Hall, 2006. Pág 76.
Autor do artigo: Caetano Haberli - Consultor do MarkEsalq
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